O clima no Parque São Jorge é de grande tensão na véspera da votação que pode levar ao impeachment do presidente Augusto Melo do Corinthians, marcada para esta segunda-feira (2). Um forte esquema de segurança foi montado para acompanhar os protestos de torcedores, com cerca de 480 policiais mobilizados, incluindo tropas de choque e cavalaria da Polícia Militar. Os manifestantes, concentrados a um quarteirão do clube, se posicionam contra o processo de impeachment, considerando-o como um “golpe”, e expressam críticas a ex-dirigentes e à atual liderança do Conselho Deliberativo.
A votação será conduzida pelo Conselho Deliberativo, que conta com 301 membros, e a destituição de Melo só ocorrerá se houver maioria simples entre os votos. Não há exigência de quórum mínimo, o que torna a votação acessível a todos os conselheiros presentes. O processo começa com uma exposição dos motivos que levaram à convocação da reunião, incluindo a análise de denúncias contra o presidente, e segue com a defesa de Melo, ou de seu representante, antes da votação secreta.
Caso o impeachment seja aprovado, Augusto Melo será afastado provisoriamente, e seu vice, Osmar Stabile, assumirá a presidência. No entanto, a decisão final será tomada em uma assembleia geral dos sócios do clube, agendada para janeiro de 2025. Enquanto isso, a expectativa é de que o clima de divisão e protestos continue, refletindo a polarização entre diferentes grupos dentro do clube.