O cineasta argentino Alex García López, um dos diretores da série de “Cem anos de solidão” da Netflix, comentou sobre os desafios de adaptar o famoso romance de Gabriel García Márquez para as telas. Ele admitiu que, ao ser convidado para o projeto, teve dúvidas sobre a enorme responsabilidade de não decepcionar os fãs da obra. A série, que será dividida em duas partes com oito episódios cada, teve seu primeiro capítulo apresentado em Bruxelas e trará a história de Macondo, começando com o casamento de José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán e terminando com o nascimento de Aureliano Buendía.
García López enfatizou a importância de seguir sua própria interpretação da obra, afirmando que a adaptação cinematográfica seria inevitavelmente influenciada pela sua visão pessoal. A série apresenta momentos surrealistas do livro, como a ascensão de Remedios, a Bela, e o fantasma de Prudencio Aguilar, que foram tratados com uma abordagem pragmática e efeitos especiais para preservar o tom da obra original. O diretor também destacou a força dos personagens femininos na história, um dos aspectos mais notáveis do trabalho de García Márquez.
A produção da série foi uma das mais ambiciosas da Netflix para a América Latina, com todos os objetos e vestuário sendo feitos por artesãos colombianos, mantendo uma conexão com a cultura local. Embora os custos envolvidos sejam mantidos em sigilo, a produção recebeu grande atenção, tanto pela magnitude da adaptação quanto pelo impacto cultural que a obra de Márquez possui. A primeira parte da série estará disponível a partir de 11 de dezembro, e a segunda parte será lançada no próximo ano.