O ciclone Chido causou a morte de pelo menos 34 pessoas em Moçambique após atingir a região no domingo (15). A informação foi confirmada pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) na terça-feira (17), que também indicou que mais de 174 mil pessoas foram afetadas, com 319 feridos. O impacto do ciclone, que trouxe ventos de até 200 km/h, resultou em severas inundações, destruição de casas e interrupção de serviços essenciais, como eletricidade e água potável.
Antes de atingir Moçambique, Chido devastou a ilha francesa de Mayotte, localizada no Oceano Índico, onde ventos fortes e chuvas torrenciais causaram grandes danos. Acredita-se que centenas ou até milhares de pessoas tenham morrido no local, embora os números exatos ainda não sejam conhecidos. O ciclone foi descrito como o mais forte a atingir a região em mais de 90 anos, com destruição significativa nas áreas costeiras e nas encostas da ilha.
O fenômeno reflete uma crescente preocupação com os efeitos das mudanças climáticas, que têm intensificado a frequência e a gravidade de eventos climáticos extremos, especialmente em países mais vulneráveis. A crise ambiental, embora mais impactante em nações em desenvolvimento como Moçambique e Mayotte, é vista como resultado de emissões históricas de CO2 provenientes de países industrializados, o que levanta discussões sobre responsabilidade e adaptação às mudanças climáticas.