O ciclone tropical Chido atingiu o arquipélago de Mayotte, no Oceano Índico, no domingo (15), deixando pelo menos 14 mortos e grande destruição. Com ventos superiores a 220 km/h, o ciclone foi o mais intenso a atingir a região em mais de 90 anos, causando danos significativos à infraestrutura local. A comunicação limitada e a falta de eletricidade dificultam os trabalhos de resgate e a coleta de informações, e as autoridades francesas alertam que o número de vítimas pode ser muito maior. Mais de 160 militares e bombeiros foram enviados para a região para apoiar os serviços de emergência.
Em Mayotte, cerca de 100 mil pessoas viviam em habitações precárias, como casas de chapa metálica, e muitas delas não procuraram abrigos devido ao medo de detenção e deportação, agravando a situação. A falta de água e a queda de postes e árvores, junto ao colapso de telhados, agravam a crise. A situação de emergência é intensificada pela dificuldade em acessar áreas isoladas, onde muitas casas foram destruídas e o fornecimento de energia elétrica está interrompido. Equipes de resgate estão sendo reforçadas com ajuda internacional para tentar amenizar os danos.
Além de Mayotte, o ciclone Chido também atingiu Moçambique no mesmo dia, com impacto significativo nas regiões próximas a Pemba. A Unicef e outras organizações internacionais estão mobilizadas para oferecer suporte às populações afetadas, com a destruição de casas, escolas e unidades de saúde. A colaboração com o governo moçambicano visa garantir a continuidade dos serviços essenciais e minimizar os efeitos do desastre, que continua a dificultar o acesso às áreas mais afetadas.