A China revisou para cima seu Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 2,7%, totalizando 129,4 trilhões de yuans (US$ 17,73 trilhões). Essa revisão reflete o apoio político dado ao final deste ano, o que ajudou a economia a se aproximar da meta de crescimento de cerca de 5%. Apesar disso, desafios como possíveis aumentos de tarifas por parte dos Estados Unidos e uma lenta recuperação no setor imobiliário continuam pesando nas perspectivas econômicas para o próximo ano.
O censo econômico realizado ao longo dos últimos cinco anos, que incluiu os efeitos da pandemia de Covid-19, revelou importantes mudanças no mercado de trabalho da China. O setor terciário, que abrange áreas como serviços e finanças, teve um aumento significativo no número de empregados, com um crescimento de 25,6% em relação a 2018. Já o setor secundário, incluindo manufatura e construção, registrou uma queda de 4,8% no número de trabalhadores. Em especial, o setor imobiliário enfrentou uma crise severa, com uma queda de 27% no número de empregados em incorporadoras, embora o emprego total na indústria imobiliária tenha aumentado 40,2%.
A revisão do PIB de 2023 não deverá afetar significativamente as previsões de crescimento da economia chinesa para 2024, conforme afirmou o vice-chefe do Escritório Nacional de Estatísticas. O Banco Mundial, por sua vez, elevou suas projeções para o crescimento da China, mas apontou que a confiança das empresas e consumidores permanece moderada, e os desafios estruturais do setor imobiliário ainda representam riscos importantes para a recuperação econômica no próximo ano.