A China anunciou, em 3 de dezembro, novas restrições contra os Estados Unidos, em uma aparente retaliação às recentes sanções norte-americanas que visam limitar a venda de semicondutores avançados. O Ministério do Comércio chinês determinou a proibição da venda de bens de dupla utilização para usuários militares dos EUA ou para fins militares. Esses bens incluem materiais essenciais, como gálio, germânio e antimônio, que são vitais para a produção de semicondutores, baterias e sistemas de energia renovável.
Além disso, o governo chinês implementará revisões mais rigorosas sobre a exportação de outros minérios, como o grafite, que ainda será permitido, mas sujeito a controles mais intensos quanto ao destino final e à utilização. A medida visa, segundo o ministério, proteger a segurança nacional da China e prevenir o uso desses materiais para fins militares e de inteligência.
As novas restrições foram divulgadas um dia após os Estados Unidos formalizarem sanções que impedem a venda de chips avançados e equipamentos para produção de semicondutores para empresas chinesas, com o objetivo declarado de evitar o uso desses itens em tecnologias de defesa e inteligência artificial. O Ministério do Comércio da China alertou que qualquer violação das normas por organizações ou indivíduos que transferirem itens de dupla utilização para os EUA será tratada conforme a legislação chinesa.