As negociações entre os ministros de Relações Exteriores da China e do Japão em Pequim abriram portas para o fortalecimento das relações bilaterais, com destaque para um futuro diálogo sobre segurança. O governo japonês anunciou que, no próximo ano, o chefe da diplomacia de Pequim visitará Tóquio, o que deverá impulsionar as discussões de alto nível, incluindo um possível diálogo econômico em 2025. A visita de um dia do ministro japonês, Takeshi Iwaya, à China foi a primeira desde sua nomeação em outubro e teve como objetivo discutir questões sensíveis, como segurança e disputas territoriais.
O encontro abordou também preocupações de segurança, com Iwaya pedindo à China ações sobre a instalação de uma bóia em uma zona econômica exclusiva japonesa, e discutindo a crescente presença militar chinesa no Mar da China Oriental. A situação da Coreia do Norte também foi tema das conversas, com o Japão solicitando uma maior participação da China na manutenção da paz na região, especialmente devido à aliança de segurança entre Pyongyang e Moscou, que preocupa Tóquio.
Em relação às questões econômicas, os dois países discutiram a flexibilização de regras de vistos, com o Japão anunciando novas condições para turistas chineses. No entanto, a questão dos frutos do mar japoneses, após o lançamento das águas residuais tratadas de Fukushima, permaneceu sem grandes avanços. Apesar disso, um acordo de monitoramento internacional foi firmado em setembro, com a China realizando amostragens independentes da água tratada como forma de garantir maior transparência nas ações de Tóquio.