A China está avançando na construção de um protótipo de reator nuclear para um grande navio de guerra de superfície, indicando que o país pode estar em vias de produzir seu primeiro porta-aviões movido a energia nuclear. Essa conclusão foi alcançada por meio de uma pesquisa conduzida pelo Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, que analisou imagens de satélite e documentos do governo chinês. Embora haja rumores sobre esse projeto há algum tempo, essa é a primeira confirmação de que a China está desenvolvendo um sistema de propulsão nuclear para navios de guerra em grande escala, semelhante a um porta-aviões.
A marinha chinesa, que já é a maior do mundo em termos numéricos, tem se modernizado rapidamente e busca expandir sua capacidade de operação global, desafiando as potências navais ocidentais, como os Estados Unidos. A introdução de porta-aviões nucleares na frota chinesa permitiria que o país operasse esses navios por períodos mais longos, sem a necessidade de reabastecimento constante, além de aumentar a capacidade de carga e permitir o uso de sistemas mais avançados a bordo. Atualmente, apenas os Estados Unidos e a França possuem porta-aviões movidos a energia nuclear, e a China estaria buscando seguir esse caminho.
Embora o governo chinês ainda não tenha confirmado oficialmente os detalhes do projeto, a construção do protótipo de reator foi identificada em uma base militar controlada pelo Instituto de Energia Nuclear da China. Especialistas acreditam que, embora o novo porta-aviões Fujian, em construção, seja movido por propulsão convencional, os estaleiros chineses têm capacidade de desenvolver simultaneamente um porta-aviões nuclear. Esse movimento está alinhado com a estratégia do presidente Xi Jinping de transformar a China em uma potência marítima de primeira linha, capaz de projetar poder nas águas distantes.