Com o aumento do custo do peru de Natal, muitas famílias recorrem ao Chester ou Fiesta, alternativas mais em conta para a ceia. Embora sejam amplamente conhecidos como opções “maiores”, esses produtos, que pertencem às marcas Perdigão e Seara, na verdade são frangos que passaram por uma seleção genética específica para crescer mais rápido e ter um tamanho superior ao frango comum. O processo envolve cruzamentos entre linhagens genéticas escolhidas por suas características específicas, como o tamanho do peito ou a eficiência na conversão de ração.
A produção desses frangos é resultado de um trabalho de seleção que dura cerca de um ano. Para o Chester, por exemplo, quatro linhagens genéticas são cruzadas com o objetivo de acentuar características desejáveis, como o aumento do peito e o ganho de peso. Esses frangos não são utilizados para reprodução, diferentemente do que ocorre com os perus, e o processo de reprodução deve ser iniciado anualmente, já que os criadores buscam sempre melhorar o rendimento das aves.
Além disso, ao contrário dos perus, onde as fêmeas são as principais protagonistas da ceia, no caso do Chester e do Fiesta, apenas os machos são selecionados devido ao seu crescimento mais acentuado. As fêmeas, por sua vez, são comercializadas como frango comum para o consumo diário. Assim, o processo de criação do Chester envolve não apenas uma escolha genética rigorosa, mas também uma estratégia de mercado que visa atender à demanda por um produto de maior porte e mais acessível durante as festas de fim de ano.