O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu o voto de confiança do Parlamento, o que resultou no colapso de sua coalizão governamental. A decisão foi tomada após a demissão do ministro das Finanças, que gerou um impasse sobre a política econômica do país. Com a perda da maioria no Bundestag, o governo de Scholz se viu incapaz de continuar a governar de forma estável, o que abre caminho para a convocação de eleições antecipadas, previstas para ocorrer até fevereiro de 2025, dependendo da decisão do presidente Frank-Walter Steinmeier.
As pesquisas apontam uma liderança confortável da centro-direita CDU/CSU, com 32% das intenções de voto, seguida pela extrema-direita AfD, que alcançou 19%. A ascensão do AfD gera preocupações sobre a formação de coalizões políticas estáveis, já que os principais partidos se recusam a estabelecer alianças com a legenda devido ao seu posicionamento radical. A perspectiva de um governo fragmentado e de negociações difíceis entre os partidos é crescente, uma vez que a maioria no Bundestag está em disputa.
Este cenário marca uma crise política significativa para a Alemanha, que não passava por uma moção de confiança desde 2005. O governo de Scholz, que dependia de uma coalizão entre social-democratas, verdes e liberais, perdeu força após a saída de ministros importantes. Caso as eleições sejam convocadas, a formação de um novo governo será desafiada pela polarização crescente e pela necessidade de negociações complexas para garantir a governabilidade do país, especialmente diante das tensões internacionais envolvendo a guerra na Ucrânia.