O Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) afirmaram que um acordo de cessar-fogo em Gaza está mais próximo do que nunca, dependendo apenas da ausência de novas condições impostas por Israel. As declarações surgiram após uma reunião no Cairo, onde representantes dos três grupos destacaram os avanços nas conversas mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos. Eles expressaram a expectativa de que um acordo de cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros palestinos possa ser alcançado até o final do ano, a menos que novas exigências sejam apresentadas por Israel.
A guerra em Gaza, que teve início após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em um elevado número de vítimas, com mais de 45 mil mortos em Gaza, segundo dados do governo local, enquanto o número de mortos em Israel foi superior a 1.200. A ofensiva de represália israelense também gerou grande número de deslocados e destruição significativa na região. Durante este período, mais de 250 pessoas foram sequestradas pelo Hamas, com uma parte ainda retida em Gaza, o que tem sido um dos principais pontos de negociação nas conversações de cessar-fogo.
A mediação das conversas segue sendo realizada por países com interesses diretos no conflito, como o Catar e os Estados Unidos, além do Egito, com o objetivo de facilitar um acordo de paz que possa amenizar o sofrimento da população civil e buscar uma solução para a troca de prisioneiros. Apesar dos desafios persistentes nas negociações, os grupos palestinos expressaram otimismo sobre a possibilidade de um acordo, contanto que as conversas não sejam prejudicadas por novas condições impostas por Israel.