O governo de Israel avalia uma nova proposta de cessar-fogo com o Hamas, que prevê uma trégua de 60 dias nos bombardeios e a libertação de reféns capturados desde outubro de 2023, em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. Pela primeira vez, o Hamas teria concordado com a presença de forças israelenses na Faixa de Gaza durante o período de cessar-fogo, segundo informações divulgadas por fontes próximas às negociações. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aguarda o retorno de representantes que participaram das tratativas no Catar para discutir os termos com o alto escalão de seu governo.
Enquanto isso, ataques continuam a causar destruição e mortes na região. Um bombardeio israelense atingiu um edifício residencial em Beit Lahia, no norte de Gaza, resultando na morte de 10 pessoas, todas mulheres e crianças, de acordo com o diretor de um hospital local. A tragédia gerou comoção entre familiares das vítimas, que já enfrentam um histórico de perdas e violência. O contexto de guerra exacerba a crise humanitária na região, com constantes ataques afetando civis e instalações médicas.
As negociações para o cessar-fogo são conduzidas sob forte sigilo diplomático, envolvendo diversos países e intermediários, como o Catar. Representantes do governo dos Estados Unidos também participam dos esforços, com o diretor da CIA atuando para ajustar os últimos detalhes do possível acordo. Apesar das dificuldades, a expectativa é que a trégua possa criar espaço para reduzir a escalada do conflito, que não vê um cessar-fogo significativo desde novembro de 2023.