O CEO da Intel, Pat Gelsinger, anunciou sua aposentadoria após perder a confiança do conselho de administração da empresa, que não acreditava em seus planos para reverter a situação da fabricante de chips. Gelsinger, que assumiu a empresa em 2021, tentou recuperar a liderança da Intel na fabricação de semicondutores, mas enfrentou desafios consideráveis, como a competição crescente da Nvidia e a falta de sucesso no setor de inteligência artificial. O conselho, que esteve em reunião com Gelsinger na semana passada, ofereceu-lhe a opção de se aposentar ou ser demitido, e ele escolheu anunciar sua saída.
Durante sua gestão, Gelsinger buscou diversificar a Intel, expandindo sua atuação para a fabricação de chips para outras empresas, competindo com rivais como a TSMC. Seu plano inclui a construção de novas fábricas, como a de Ohio, com apoio do governo dos EUA. Porém, os resultados não foram satisfatórios, e a Intel viu uma queda significativa nas suas ações, que já enfrentavam uma desvalorização de mais de 50% no ano. A saída de Gelsinger ocorre em um contexto difícil para a empresa, marcada por perdas financeiras e um mercado em rápida evolução.
Agora, a Intel está em busca de um novo líder, com o CFO David Zinsner e a executiva Michelle Johnston Holthaus assumindo funções de co-CEOs interinos. A turbulência interna também representa um revés para a estratégia do governo dos EUA, que apoia a Lei dos Chips para fortalecer a fabricação de semicondutores no país. O futuro da Intel dependerá de sua capacidade de recuperar a confiança dos investidores e de se adaptar às novas demandas do setor tecnológico, especialmente na área de inteligência artificial.