O Censo 2022 do IBGE mostra uma melhoria geral nas condições de moradia no Brasil, com 87% da população vivendo em domicílios com revestimento nas paredes, um aumento significativo em relação a 2010. No entanto, a pesquisa também destaca uma tendência crescente de brasileiros morando em imóveis alugados, com um em cada cinco brasileiros vivendo nesta condição. A maior parte da população ainda possui imóvel próprio, mas o índice da casa própria tem diminuído nos últimos censos, enquanto o número de aluguéis continua a subir.
As famílias que mais frequentemente optam por morar de aluguel são aquelas compostas por um único responsável, geralmente a mãe, e pelo menos um filho. Embora haja um aumento no acesso a recursos como internet e eletrodomésticos, a pesquisa revela que a desigualdade continua sendo um desafio no país. A presença de eletrodomésticos como a máquina de lavar roupa, por exemplo, é mais comum nas regiões Sul e Sudeste, enquanto no Nordeste esse índice é bem menor. A disparidade de acesso também se reflete nas diferenças raciais, com a população negra e parda enfrentando maior dificuldade em ter acesso à internet.
O Censo também revela dados sobre a infraestrutura das casas, apontando que ainda existem 1,5 milhão de brasileiros vivendo em casas de taipa ou com materiais precários. Apesar dos avanços em várias áreas, como o aumento do acesso à internet e o crescimento na aquisição de eletrodomésticos, a pesquisa reafirma que a desigualdade persistente exige um longo caminho a percorrer para garantir melhores condições de vida para todas as camadas da sociedade.