O Cemitério da Consolação, localizado em São Paulo, é um importante marco histórico e cultural da cidade, funcionando como um museu a céu aberto. Fundado em 1858, o cemitério abriga figuras que desempenharam papéis cruciais na história de São Paulo e do Brasil, como a pintora modernista Tarsila do Amaral, o abolicionista Luiz Gama e o escritor Mário de Andrade. O local é um espaço de memórias, onde esculturas e túmulos refletem as trajetórias de personalidades que marcaram a sociedade paulista e o país, tornando-se também um ponto de reflexão sobre a história, as artes e as questões sociais.
A visita ao Cemitério da Consolação é guiada por historiadores como Thiago Souza e Viviane Comunale, que conduzem os participantes em passeios mensais, oferecendo uma verdadeira aula sobre as figuras sepultadas ali. Em vez de se concentrar apenas em narrativas de assombração, o passeio revela a vida e o legado das pessoas enterradas, transformando o cemitério em um espaço vivo de história e cultura. Ao longo da caminhada, o público é convidado a conhecer detalhes sobre a evolução da cidade de São Paulo, desde a formação dos cemitérios até o papel da Igreja Católica na organização desses espaços.
Entre os personagens que repousam no cemitério, destacam-se a história da Marquesa de Santos, uma figura importante do Brasil Imperial, e a trajetória de figuras populares como Nenê Romano, conhecida pela sua generosidade e tragédia pessoal. O Cemitério da Consolação é, assim, um lugar que vai além da memória dos mortos, funcionando como um ponto de encontro entre o passado e o presente, onde as histórias pessoais e coletivas de São Paulo continuam a ressoar.