O prefeito de Igarapava (SP) foi afastado de seu cargo após a Câmara Municipal votar pela cassação de seu mandato, acusando-o de irregularidades na contratação emergencial de transporte escolar. A medida foi tomada em meio a um processo que envolveu a dispensa de licitação, resultando em custos significativamente mais altos para os cofres públicos, com valores que ultrapassaram em até 113% os preços de mercado. O vice-prefeito assumiu a prefeitura, restando pouco mais de 20 dias para o término do mandato.
O prefeito alegou que a decisão foi política e afirmou que recorreu da cassação. De acordo com ele, o processo foi motivado por perseguição, e a Câmara Municipal não considerou as dificuldades enfrentadas pela gestão no processo de licitação. A infração, segundo os vereadores, envolveu a falta de planejamento e o não cumprimento de cláusulas contratuais, o que teria acarretado custos elevados e uma gestão inadequada do serviço público de transporte escolar.
Em sua defesa, o prefeito explicou que, diante da necessidade urgente de garantir o transporte escolar para os alunos, ele optou por um contrato emergencial. A empresa que prestava o serviço foi notificada para prorrogar o contrato até a conclusão de uma nova licitação, mas a situação se complicou pela falta de tempo e pela complexidade do processo licitatório. A decisão da Câmara foi respaldada pela alegação de que o prefeito não tomou as medidas necessárias dentro do prazo, resultando em prejuízos financeiros ao município.