Em maio de 2022, em Umbaúba, Sergipe, um homem de 38 anos morreu durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Ele foi parado em uma blitz por pilotar uma moto sem capacete e, após resistência à prisão, foi imobilizado pelos policiais. Durante a ocorrência, os agentes utilizaram gás de pimenta e, em seguida, colocaram o homem dentro do porta-malas da viatura, onde foi acionada uma bomba de gás lacrimogêneo. A vítima, que sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos controlados, morreu asfixiada devido à inalação do gás.
Os três ex-agentes envolvidos no caso estão sendo julgados em Aracaju, onde jurados deliberam sobre as acusações de homicídio triplamente qualificado, tortura e asfixia. Um dos réus afirmou ter chamado reforço para conter a resistência do homem, mas alegou não ter percebido imediatamente o uso do gás lacrimogêneo. Outro admitiu a ação, mas argumentou que acreditava que o gás apenas imobilizaria a vítima, sem risco de morte. Um terceiro réu relatou ter tentado reanimar o homem após perceber o problema.
Os réus estão detidos desde outubro de 2022 e foram demitidos da corporação em agosto de 2023. O caso tem gerado ampla repercussão devido às circunstâncias do ocorrido e ao uso de técnicas de imobilização que resultaram em uma tragédia. O julgamento, que já está em sua fase final, busca esclarecer as responsabilidades e definir as punições para os ex-policiais envolvidos no incidente.