Uma nova caravana de imigrantes partiu de Tapachula, cidade localizada na fronteira sul do México, com destino aos Estados Unidos, em meio à expectativa da posse de Donald Trump, marcada para o dia 20 de janeiro. Cerca de 3 mil migrantes de diversos países, incluindo Venezuela, Honduras, Haiti e Cuba, estão enfrentando a difícil jornada, impulsionados por condições adversas em seus países de origem, como crises econômicas e políticas. A chegada iminente de Trump ao cargo, com promessas de medidas restritivas para a imigração, gerou um aumento na urgência da migração, já que muitos temem que novas políticas dificultem ainda mais o processo de solicitação de asilo.
Os migrantes relatam a dureza da viagem, enfrentando não só o risco de violência, mas também a falta de recursos e a exploração ao longo do caminho. Muitos deles são vítimas de extorsão, agressões e outros abusos, além de estarem sujeitos a grandes perigos, como sequestros e até mortes. A travessia pelo território mexicano é marcada por desafios extremos, o que torna o processo ainda mais traumático para as famílias em busca de uma vida melhor.
Entre os migrantes, destaca-se o apelo de Nestor Pina, um imigrante venezuelano, que pediu empatia a Trump, apelando para que ele considere a dor e os desafios enfrentados por aqueles que buscam refúgio. Já Gilberto Rosales, de Honduras, revelou que a decisão de deixar seu país foi motivada pelas dificuldades econômicas e pela instabilidade política, algo que muitos outros imigrantes enfrentam. A caravana reflete a crescente pressão de pessoas em situações desesperadoras, tentando chegar aos Estados Unidos antes da implementação de políticas mais severas.