Campinas registrou, entre janeiro e dezembro de 2024, 126 casos de hepatite A e leptospirose, com um leve decréscimo em relação ao ano anterior. A Prefeitura emitiu um alerta à população, destacando o aumento do risco de contágio dessas doenças durante os períodos de chuvas fortes, que provocam enchentes e podem contaminar águas com bactérias e vírus. A administração municipal recomenda cuidados redobrados nas áreas afetadas por alagamentos, principalmente em relação ao contato com água suja.
A leptospirose é causada por uma bactéria presente na urina de roedores e outros animais, podendo ser transmitida por meio do contato direto com água contaminada. Já a hepatite A é transmitida por via fecal-oral, sendo comum em ambientes com saneamento inadequado ou água contaminada. Ambas as doenças apresentam sintomas como febre, dor no corpo e icterícia, com a leptospirose podendo evoluir para formas graves, incluindo falência renal e hepática. No caso da hepatite A, não existe tratamento específico, sendo indicado apenas o controle dos sintomas e o repouso.
A vacina contra a hepatite A está disponível na rede pública de Campinas, sendo aplicada em bebês de 15 meses, e a Vigilância Epidemiológica realiza ações de conscientização nas áreas de risco, além de fornecer hipoclorito de sódio para desinfecção. A população também é orientada a evitar a automedicação, pois certos medicamentos podem agravar o quadro das doenças. O alerta é especialmente importante para as comunidades localizadas em áreas de risco, que enfrentam problemas de alagamento durante o verão.