Uma série de reportagens da News e do RJ2 analisou quase 800 processos judiciais relacionados à atuação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, destacando o uso de câmeras corporais dos policiais. Desde 2022, o uso dessas câmeras passou a ser obrigatório, e as imagens têm revelado tanto os riscos enfrentados pelos agentes quanto desvios de conduta. Em um dos casos, um jovem baleado foi libertado após a análise do material gravado, evidenciando a importância dessas imagens na busca pela justiça.
As gravações também expõem cenas de confronto e risco em operações, como o ataque a uma equipe da PM no Jacarezinho, onde um policial foi atingido por um disparo. As câmeras registraram momentos de tensão, como a tentativa de orientação a moradores, que, durante os confrontos, buscavam se proteger. A série também abordou os desafios da segurança pública nas comunidades, destacando a situação difícil de quem reside nessas áreas durante as operações.
As autoridades se dividiram em suas análises sobre o modelo de segurança pública. Mário Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, defendeu operações mais estratégicas e com menor letalidade, dado o alto custo humano dessas ações, que frequentemente afetam civis inocentes. Já a PM, por meio de sua porta-voz, ressaltou que as operações são planejadas com rigor e que criminosos frequentemente se utilizam de moradores como escudos, complicando ainda mais a execução das ações de segurança.