Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, tem sinalizado a aliados a necessidade de ajustes no governo, incluindo uma possível reforma ministerial no próximo ano. Lira acredita que há um desequilíbrio na distribuição de cargos e recursos nas pastas, com o PT tendo um controle desproporcional sobre as verbas, apesar de sua representatividade reduzida na Câmara. Ele também vê um distanciamento entre o governo e o Congresso, o que tem gerado insatisfação entre os parlamentares, afetando o andamento das iniciativas legislativas.
Em relação ao Congresso, Lira considera que a Casa ganhou mais protagonismo desde que assumiu a presidência, mas ainda precisa se impor mais diante do Executivo. Ele também expressou decepção por não ter conseguido avançar na votação do projeto das fake news, que enfrenta resistência de diversos setores, incluindo as próprias plataformas de redes sociais. Mesmo assim, Lira acredita que a regulação das redes sociais, com a identificação dos usuários e a responsabilização das plataformas, ainda será um tema relevante nos próximos anos.
Além disso, Lira planeja focar em sua atuação como deputado após o fim de seu mandato na presidência da Câmara, com o objetivo de consolidar uma federação entre os partidos União Brasil, PP e Republicanos, o que garantiria uma base ampla no Congresso. No campo legislativo, ele também deve retomar discussões sobre a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, um tema que, apesar da resistência, poderá ser tratado no futuro, possivelmente em 2025.