Dois projetos de lei importantes, parte de um pacote de corte de gastos, têm relatores definidos na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira, designou parlamentares do PP e do MDB para coordenar a tramitação dos textos. O projeto que trata dos benefícios sociais será relatado por Isnaldo Bulhões (MDB), enquanto Átila Lira (PP) ficará responsável pela proposta que limita o crescimento de despesas com seguridade social e pessoal. Além disso, a PEC que propõe um corte gradual no acesso ao abono salarial será relatada por Moses Rodrigues (União-CE).
O Congresso enfrenta um cronograma apertado, com apenas oito dias úteis de trabalho antes do recesso parlamentar, previsto para 23 de dezembro. A base governista vê a escolha dos relatores como positiva, acreditando que os projetos possam avançar ainda em 2024. O governo pressiona para que a tramitação comece imediatamente, mas enfrenta resistência de parlamentares que aguardam definições sobre emendas parlamentares.
A escolha dos relatores reforça a articulação política de Arthur Lira, consolidando seu papel de liderança na Casa. A liberação das emendas parlamentares é vista como um passo crucial para a aprovação do pacote fiscal, embora a decisão final dependa também do Senado. O prazo limitado antes do recesso pode adiar a votação para 2025, deixando incertezas sobre o andamento das propostas.