A Câmara de Sorocaba (SP) aprovou, em primeira discussão, o Plano Diretor de 2024, que definirá o crescimento da cidade para a próxima década. A aprovação ocorreu com 16 votos a favor e dois contra, e contou com a apresentação de 23 emendas, além de 71 emendas protocoladas no total. O texto será votado novamente em uma sessão extraordinária no dia 30 de dezembro. Especialistas destacam que as mudanças no planejamento urbano podem agravar problemas como as enchentes e comprometer o abastecimento de água, especialmente devido ao aumento da densidade populacional em áreas específicas.
A proposta inclui a criação de uma nova zona denominada Zona Residencial de Desenvolvimento Sustentável, que permitirá a divisão de terrenos em áreas menores, de 300 metros quadrados, o que deve possibilitar a construção de mais residências em áreas que antes eram destinadas a chácaras. A medida é vista com preocupação por especialistas, que temem os impactos negativos no meio ambiente, como o aumento da impermeabilização do solo e a redução da capacidade de recarga dos aquíferos. A conurbação, ou crescimento acelerado das cidades vizinhas, também é uma questão levantada, com o risco de intensificar os problemas urbanos na região.
A Prefeitura de Sorocaba defende que as mudanças visam atender à demanda por moradias e garantir a criação de lotes sociais, enquanto reforça que a população teve a oportunidade de participar do processo por meio de audiências públicas. No entanto, a decisão de reduzir a metragem mínima dos lotes gerou críticas, principalmente em relação à viabilidade da medida para garantir o desenvolvimento sustentável da cidade, em especial no que tange à segurança hídrica e aos impactos ambientais. A segunda votação do projeto acontecerá no final do mês, com a possibilidade de novas alterações no texto.