O prefeito de Igarapava, SP, teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal após ser acusado de irregularidades na contratação emergencial de transporte escolar em janeiro de 2023. A decisão foi tomada por oito votos a três, com os parlamentares alegando que o chefe do Executivo teria dispensado o processo licitatório para a contratação de uma empresa, resultando em custos elevados para o município. De acordo com a Câmara, os preços pagos pela administração foram de até 113,85% superiores aos valores de mercado, caracterizando uma emergência “fabricada” devido à falta de planejamento.
Apesar da cassação, o prefeito negou as acusações e afirmou que a medida emergencial foi necessária para evitar que os alunos ficassem sem transporte. Segundo sua versão, a contratação ocorreu após ele constatar irregularidades nos serviços prestados pela empresa responsável, o que impediu a prorrogação do contrato. O chefe do Executivo ressaltou que, diante da urgência da situação e da impossibilidade de realizar a licitação a tempo, a opção pela contratação emergencial foi a única solução viável.
A Câmara Municipal de Igarapava ainda não formalizou a notificação à Justiça Eleitoral, ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça sobre a decisão de afastamento, que deve resultar na comunicação ao vice-prefeito para assumir o cargo. O Tribunal Regional Eleitoral informou que ainda não há uma decisão formal sobre a cassação, e o Ministério Público também não recebeu uma comunicação oficial sobre o caso. A situação segue sendo analisada pelas autoridades competentes.