O calor intenso registrado em 2024 teve um impacto significativo na produção agrícola de Gavião Peixoto, especialmente na safra de pêssegos. O município, conhecido pela produção da fruta, enfrentou perdas severas devido às altas temperaturas durante períodos cruciais para o desenvolvimento da colheita. O produtor local Neri José Tomasetto, que colheu mais de 20 toneladas no ano anterior, não conseguiu aproveitar sequer um fruto este ano. A falta de frio adequado, essencial para a florada dos pessegueiros, foi um dos principais fatores que afetaram a produção.
O clima extremo, com veranicos e ondas de calor entre junho e julho, prejudicou a fase de florescimento das árvores. Para que os pessegueiros possam florescer de forma adequada, é necessário que a temperatura caia abaixo de 13°C por, pelo menos, 70 horas. No entanto, o inverno de 2024 foi atípico, com calor excessivo que impediu esse processo, resultando na queda precoce dos frutos, que nem atingiram o tamanho adequado antes de secarem.
Este episódio reflete as dificuldades enfrentadas pelos agricultores diante das mudanças climáticas, que têm afetado a agricultura globalmente. Em 2024, o planeta viveu o ano mais quente já registrado, com a seca atingindo proporções históricas no Brasil. A perda de produção de pêssegos em Gavião Peixoto é um exemplo claro dos impactos diretos do aquecimento global nas safras agrícolas, especialmente em cultivos que dependem de condições climáticas específicas.