O Corpo de Bombeiros do Tocantins reiniciou nesta quarta-feira, 25, as buscas no Rio Tocantins com o auxílio de mergulhadores, na tentativa de localizar 13 pessoas desaparecidas após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido no domingo, 22. Entre os desaparecidos, estão duas crianças. No entanto, as operações haviam sido temporariamente suspensas devido ao risco de contaminação das águas com substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, que caíram no rio com os veículos que estavam sobre a ponte. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou que os resultados das análises da água, que estão sendo realizadas, devem ser divulgados apenas na próxima semana.
O acidente, que envolveu o colapso de uma ponte de 533 metros, resultou na queda de caminhões, carros e motocicletas no rio, com vários produtos químicos em suas cargas. A Polícia Militar confirmou quatro mortes até o momento e ainda busca por 13 pessoas, entre elas, as duas crianças. A situação gerou um alerta de risco de contaminação por parte das prefeituras de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), que recomendam à população evitar qualquer contato com a água do rio. As autoridades locais também orientam que novos comunicados sejam aguardados antes que a água seja utilizada para qualquer fim.
As causas do colapso da ponte, uma importante via de ligação entre Tocantins e Maranhão, estão sendo investigadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que anunciou planos para reconstrução urgente da estrutura. Enquanto isso, motoristas são orientados a seguir rotas alternativas, já que a travessia está interditada. O acidente trouxe à tona críticas sobre o estado de conservação da ponte, com relatos de que ela apresentava sinais de deterioração há algum tempo.