O Burger King está sendo alvo de uma representação no Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) devido à sua recente campanha de marketing, que utilizava transferências via Pix para promover a compra de dois BK Franguinhos por R$ 0,25. A ação, realizada no final de novembro, gerou controvérsia ao supostamente utilizar dados de clientes, membros do programa de fidelidade da rede, sem o devido consentimento, para fins publicitários. O Idec argumenta que a prática configura uso indevido de informações pessoais, violando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que exige o consentimento claro e informado dos consumidores para o uso de seus dados.
O Instituto também classificou a campanha como agressiva e invasiva, apontando que as mensagens promocionais foram enviadas por meio de extratos bancários, o que representaria uma abordagem inesperada e indesejada para os consumidores. A questão foi protocolada em órgãos federais, incluindo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e a Secretaria de Direitos Digitais (Sedigi), ambos vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em resposta à representação, o Burger King informou que ainda não foi formalmente notificado sobre o caso e afirmou estar à disposição para fornecer esclarecimentos. A empresa não detalhou as medidas que tomará, caso a acusação seja confirmada, mas reiterou seu compromisso com a transparência e com o cumprimento das leis de proteção de dados no Brasil.