Três brasileiros foram resgatados recentemente após serem vítimas de uma rede de tráfico humano no sudeste asiático. Os indivíduos foram atraídos por falsas promessas de emprego em cassinos e hostels na região, mas, ao chegarem, foram forçados a trabalhar em condições análogas à escravidão, sendo frequentemente espancados e mantidos em cativeiro. Um dos resgatados, após cinco meses de sofrimento, descreveu as brutalidades que enfrentou e relatou a dificuldade de voltar a se sentir seguro em seu próprio país. Outros dois brasileiros continuam presos em uma localidade isolada em Mianmar, onde operam fábricas de golpes cibernéticos.
A situação desses brasileiros é parte de um crescente problema de tráfico humano, especialmente em áreas como Mianmar, que, devido à guerra civil, se tornou um ponto de acolhimento para redes criminosas. O governo brasileiro, em parceria com ONGs, tem feito esforços para resgatar as vítimas, com a ajuda de investigações e pressões diplomáticas. Em 2023, cerca de 120 mil pessoas estariam sendo mantidas em condições semelhantes, de acordo com a ONU, muitas vezes sendo forçadas a recrutar novas vítimas.
As vítimas dessa rede de exploração são inicialmente enganosas, atraídas por ofertas de trabalho em outros países, como parte de um esquema criminoso que utiliza os sonhos de uma vida melhor como isca. O Ministério das Relações Exteriores disponibilizou orientações sobre como evitar cair nesse tipo de fraude, com destaque para o tráfico de pessoas e as precauções que devem ser tomadas ao buscar empregos no exterior. A ONG envolvida no resgate de brasileiros no sudeste asiático mantém diálogo contínuo com as autoridades locais para liberar as vítimas e evitar novos casos de exploração.