O Brasil apresentou um crescimento econômico surpreendente no terceiro trimestre de 2024, com um aumento de 0,9% em relação ao trimestre anterior, posicionando-se entre os quatro países com maior expansão dentro do G20. O resultado é positivo em comparação com outras economias, superando potências como os Estados Unidos e a Alemanha. Quando comparado ao mesmo período de 2023, o Brasil teve uma alta de 4%, ficando atrás apenas da Índia, Indonésia e China. No entanto, especialistas alertam que para manter esse crescimento a longo prazo, o país precisa aumentar a produtividade e os investimentos, além de melhorar a taxa de formação de capital fixo.
Apesar da boa performance do PIB, que pode resultar em uma revisão positiva da projeção de crescimento do governo, as projeções indicam que o Brasil continuará atrás de economias como o Canadá e a Itália no ranking global. O país enfrenta desafios internos, como a baixa taxa de investimentos, que ainda se encontra abaixo da média de outras economias da América Latina. A expectativa de aumento da taxa de juros em 2025 também pode afetar negativamente os investimentos e o crescimento econômico. A economista Juliana Trece e outros especialistas destacam a necessidade de políticas que promovam a educação e a redução das desigualdades sociais para garantir uma melhoria no padrão de vida da população.
No cenário financeiro, a boa performance do PIB contrasta com o desempenho negativo da Bolsa de Valores, com o Ibovespa registrando queda no ano. A explicação para isso está nas expectativas do mercado, que considera fatores como a pressão inflacionária, a possível elevação da taxa de juros e incertezas em relação ao pacote de corte de gastos do governo. Embora o Brasil apresente números positivos no desemprego e crescimento, os desafios fiscais e a dependência de gastos públicos como motor do crescimento geram receios sobre a sustentabilidade do progresso econômico no futuro.