O economista Robin Brooks, do Brookings Institute, afirmou que o Brasil ultrapassou a Colômbia como a moeda com o maior carry trade na América Latina, uma situação que não é positiva. Segundo Brooks, esse fenômeno é resultado da crescente desconfiança nos mercados financeiros, o que levou o Banco Central a aumentar a taxa de juros para conter a desvalorização do real. A situação reflete uma série de pressões econômicas internas e externas, que exigem medidas urgentes para estabilizar a moeda.
Em resposta à pressão cambial, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, em dezembro, elevar a Selic em um ponto percentual, para 12,25%. Além disso, o Banco Central sinalizou a possibilidade de mais aumentos nas reuniões de janeiro e março do próximo ano, como forma de enfrentar a depreciação do real. A alta nas taxas de juros visa controlar a inflação e evitar uma espiral de desvalorização da moeda nacional.
No dia 20 de dezembro, o dólar encerrou o dia a R$ 6,07, após atingir R$ 6,30 na véspera. A valorização da moeda americana é vista como um reflexo da instabilidade no mercado cambial e das incertezas econômicas, que têm levado investidores a buscar ativos em moedas mais fortes. A situação ressalta a fragilidade do real em um cenário de aumento das taxas de juros e de expectativas econômicas volúveis.