O Brasil criou 106,6 mil empregos formais em novembro de 2024, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. O saldo é resultado de 1.978.371 contratações e 1.871.746 demissões registradas no mês. Apesar do número expressivo, houve uma queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados cerca de 121,3 mil empregos. Entre os novos postos, mais de 105 mil foram ocupados por mulheres. Este desempenho marca o melhor saldo acumulado de empregos com carteira assinada para o mês de novembro desde o início do registro, com 47,7 milhões de postos formais no total.
No setor econômico, o comércio liderou a criação de vagas em novembro, com 94.572 empregos gerados, seguido pelo setor de serviços, com 67.717 novos postos. Por outro lado, a agropecuária, a construção e a indústria registraram fechamento de vagas, com destaque para a construção, que eliminou 30.091 empregos. No acumulado de janeiro a novembro, o setor de serviços foi o que mais contribuiu para a criação de empregos formais, com 1,18 milhão de vagas, seguido pela indústria e pelo comércio.
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.152,89 em novembro, apresentando uma leve queda em relação ao mês anterior. Os dados também ressaltam a diferença metodológica entre o Caged, que analisa apenas empregos formais, e os números do desemprego do IBGE, que incluem trabalhadores informais. Esses resultados refletem os desafios e avanços do mercado de trabalho no país, destacando a relevância de setores específicos para a economia e a resiliência do emprego formal.