O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil registrou um aumento de 8% no número de coletas de células-tronco de medula óssea em 2024, alcançando um total de 431 unidades até novembro, em comparação com 398 no ano anterior. Esse crescimento também foi acompanhado por um aumento no número de doadores cadastrados, que subiu de 119 mil em 2022 para 129 mil em 2024. O número de receptores cadastrados também cresceu, com 2.060 registros até novembro de 2024, refletindo um esforço conjunto de campanhas de conscientização e cadastramento promovidas pelo Ministério da Saúde e hemocentros estaduais.
O aumento na coleta e no número de doadores tem como base a colaboração entre diversas instituições, incluindo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), que coordena as ações técnicas do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Este registro é o terceiro maior do mundo, com mais de 5,9 milhões de doadores cadastrados, sendo o maior entre aqueles com financiamento público. Além disso, o uso de tecnologias avançadas, como o aplicativo Redome, tem facilitado o processo de cadastro e a busca por doadores compatíveis.
A doação de medula óssea é fundamental para o tratamento de diversas doenças graves do sangue, como leucemias e linfomas, e muitos pacientes dependem de doadores não relacionados, já que a probabilidade de encontrar um doador compatível na família é baixa. O Redome tem sido crucial para a localização desses doadores, com estimativas indicando que entre 70% e 75% dos pacientes identificam seu doador através desse sistema. Para se tornar um doador, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e realizar exames de compatibilidade genética.