O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou preocupação com o agravamento da guerra civil na Síria, após a intensificação dos combates e a conquista de importantes cidades por uma coalizão de forças rebeldes. No último fim de semana, os rebeldes chegaram a Damasco, capital do país, embora o governo brasileiro tenha se posicionado antes da entrada do grupo Hayat Tahrir al-Sham, uma das facções envolvidas. A situação do presidente Bashar al-Assad, que teria deixado a capital, permanece incerta.
O Brasil reiterou sua posição de respeito ao direito internacional, à unidade territorial síria e às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, destacando a importância de uma solução política e negociada para o conflito. A diplomacia brasileira tem enfatizado a necessidade de respeitar a soberania da Síria, defendendo que o país busque uma resolução pacífica, sem interferências externas que possam agravar a crise.
A guerra civil síria, que parecia ter atingido um impasse nos últimos anos, ganhou novas dinâmicas após o envolvimento da Rússia e do Irã. Embora Assad tenha recebido apoio desses países desde 2015, sua posição foi enfraquecida recentemente, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia e o envolvimento do Irã em outros conflitos regionais. Esses novos fatores têm influenciado diretamente o andamento do conflito e as perspectivas de um fim para a guerra.