O Brasil está enfrentando uma crise de dengue sem precedentes em 2024, com um número de mortes que já ultrapassa 5.900 até o início de dezembro, o maior registrado desde o início da série histórica. O país também contabiliza mais de 6,6 milhões de casos da doença, com um aumento expressivo em relação ao ano anterior. A situação é particularmente grave em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que apresentam altos índices de infecção. O Distrito Federal, embora com um número total menor de casos, se destaca com a maior taxa de incidência por habitantes.
A crise de dengue no Brasil tem sido associada a diversos fatores, incluindo o impacto das mudanças climáticas e o aquecimento global, que contribuem para a proliferação do mosquito transmissor da doença. A ministra da Saúde, em suas declarações, ressaltou que o cenário atual reflete a combinação de fatores ambientais e a falta de ações mais eficazes de prevenção e controle da doença ao longo dos anos. Esses elementos têm tornado mais difícil o enfrentamento do surto, que se intensifica a cada ano.
Em resposta à situação, o governo federal tem enfatizado a importância da cooperação entre diferentes níveis de administração pública, especialmente no que diz respeito ao saneamento básico. A ministra destacou que, além de medidas de combate ao mosquito, é fundamental a implementação de ações preventivas em larga escala para reduzir a propagação da doença. A crise também tem evidenciado a necessidade urgente de soluções a longo prazo para o problema de saúde pública, com foco em ações coordenadas entre o governo e as prefeituras.