O Senado brasileiro ratificou um acordo com a China para a construção e operação do satélite CBERS-6, parte de um programa de cooperação iniciado em 1994. O novo satélite, que utilizará tecnologia de radar de abertura sintética (SAR), tem como objetivo aprimorar o monitoramento de questões ambientais no Brasil, como queimadas, desmatamento, recursos hídricos e desastres naturais. O acordo prevê um investimento de 51 milhões de dólares por parte de cada país, para o desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite.
Durante a discussão, os defensores do acordo destacaram que o CBERS-6 trará avanços importantes em relação aos satélites anteriores, com a capacidade de detectar desmatamento e outros problemas ambientais antes que se intensifiquem, mesmo em condições climáticas adversas. O senador Marcos Pontes enfatizou a importância dessa tecnologia para o Brasil, ressaltando que a parceria com a China tem sido uma oportunidade para o avanço do programa espacial brasileiro e para o fortalecimento das relações bilaterais.
No entanto, o acordo também gerou controvérsias. Alguns senadores, como Eduardo Girão e Cleitinho, questionaram a justificativa para o elevado investimento em um momento de crise econômica e apontaram a dependência de tecnologias estrangeiras. Por outro lado, apoiadores do projeto argumentaram que o convênio com a China trará benefícios para o país, não só na prevenção de desastres ambientais, mas também no fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira e na atração de investimentos para o setor.