O governo brasileiro manifestou, nesta quinta-feira (12), sua condenação à ocupação israelense de uma área desmilitarizada na Síria, localizada entre as Colinas de Golã, controladas por Israel, e o restante do território sírio. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou no domingo (8) que havia dado ordem para que as forças armadas israelenses tomassem o controle dessa área. A ação foi considerada uma violação do Acordo de Desengajamento de 1974, e o Brasil pediu que Israel respeitasse o direito internacional, a soberania e a integridade territorial da Síria.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também se pronunciou sobre o assunto, com seu porta-voz, Stéphane Dujarric, afirmando que a Força de Observação de Desengajamento das Nações Unidas (UNDOF) havia alertado Israel sobre a ilegalidade de sua presença na zona desmilitarizada. De acordo com a ONU, as tropas israelenses continuam na área, apesar das advertências, e a situação tem gerado preocupações sobre o impacto no cumprimento do Acordo de 1974, que visava garantir a separação das forças militares entre os dois países.
Enquanto isso, o conflito sírio continua a ser uma questão complexa e de longa duração, com intensas batalhas entre forças locais e internacionais. A recente queda do regime de Bashar al-Assad, após mais de 50 anos no poder, e a intervenção de potências globais e regionais complicaram ainda mais a situação, enquanto a guerra civil, que teve início em 2011, deixou milhões de mortos e deslocados. As tensões na região seguem altas, com Israel realizando ataques militares contra alvos estratégicos no país.