A endometriose, uma condição que afeta entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, continua sendo uma das principais causas de dor pélvica crônica e dificuldades reprodutivas. Apesar de impactar a qualidade de vida de mais de 8 milhões de brasileiras, o diagnóstico precoce ainda enfrenta desafios significativos, com uma espera que pode ultrapassar 10 anos devido ao desconhecimento sobre os sintomas e à subvalorização das queixas femininas.
Avanços importantes no diagnóstico e no tratamento vêm sendo liderados por centros de excelência em São Paulo, como o Hospital das Clínicas da USP e o Hospital BP. O uso de exames avançados, como ultrassonografia especializada e ressonância magnética, tem acelerado a identificação e classificação da doença, permitindo abordagens terapêuticas mais eficazes e minimamente invasivas. Esses esforços vêm transformando a experiência das pacientes, promovendo melhores resultados e qualidade de vida.
Além disso, iniciativas como a Lei nº 14.324, que instituiu o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, e programas nacionais como o PROADI-SUS têm ampliado a conscientização e capacitado profissionais de saúde. Essas ações contribuem para a construção de políticas públicas mais inclusivas, reforçando o compromisso de melhorar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento em todo o país. A integração entre pesquisa, educação médica e atendimento humanizado continua sendo um caminho promissor para o enfrentamento dessa condição.