Executivos do Bradesco afirmaram que o nível de inadimplência do banco deve se manter estável em 2025, apesar do ciclo de alta de juros. Segundo os diretores, os calotes podem até apresentar uma redução, devido a ajustes recentes na política de crédito do banco, que nos últimos meses passou a adotar uma postura mais conservadora. O Bradesco, que no ano passado enfrentou uma alta na taxa de inadimplência, voltou a aumentar sua carteira de empréstimos em 2024, sinalizando uma melhoria na qualidade do crédito.
O vice-presidente financeiro do banco, Cassiano Scarpelli, manteve um cenário otimista para o próximo ano, destacando que, apesar de eventuais pressões econômicas, a tendência é de equilíbrio nos resultados. Scarpelli também minimizou os efeitos de uma possível tributação maior para rendas elevadas, apontando que a elevada taxa de juros em algumas aplicações financeiras no Brasil ainda deve compensar possíveis impactos econômicos. Ele acredita que a inadimplência poderá cair devido ao trabalho contínuo de aprimoramento das carteiras de crédito do banco.
Além disso, o Bradesco segue ajustando sua rede de agências, com a redução de cerca de 1.000 unidades nos primeiros nove meses de 2024. A expectativa é que o banco mantenha esse ritmo de enxugamento, embora com menor intensidade. Apesar dessa reconfiguração, a instituição reafirma seu compromisso de manter uma presença nacional sólida, com um retorno sobre o patrimônio (ROE) crescente e perspectivas de resultados positivos nos próximos trimestres.