As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 2, impulsionadas pela perspectiva de novos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), mesmo diante da crise política na França. O índice Stoxx 600, que acompanha as principais ações da região, subiu 0,54%, alcançando 513,00 pontos. A política fiscal francesa continua sendo um fator de preocupação, com o governo do primeiro-ministro Michel Barnier enfrentando desafios políticos internos, principalmente em relação ao orçamento de 2024 e a proposta de aumento real das aposentadorias.
O presidente do partido Reagrupamento Nacional, Jordan Bardella, ameaçou iniciar uma votação de confiança contra o governo, caso suas exigências orçamentárias não sejam atendidas, o que alimenta a incerteza política. Entretanto, o ministro das Finanças da França, Antoine Armand, afirmou que o governo não cederá a pressões externas e manterá seu compromisso com a redução do déficit fiscal. Em termos econômicos, o impacto dessa instabilidade política ainda é incerto, mas analistas apontam que a situação pode resultar em aumento da dívida do país.
Em termos de mercado, o desempenho das bolsas foi misto. Enquanto o DAX de Frankfurt avançou 1,44%, atingindo uma nova máxima histórica, o CAC 40 de Paris teve uma leve alta de 0,02%. O mercado também registrou perdas com a renúncia inesperada do CEO da Stellantis, que resultou em quedas significativas das ações da montadora, especialmente em Paris e Milão. Por outro lado, bolsas como a de Londres e Madri registraram leves ganhos. A expectativa continua sendo de que o BCE mantenha sua política de cortes nas taxas de juros, um fator que segue influenciando positivamente os mercados da região.
