Os bolões da Mega da Virada se tornaram uma tradição nas empresas brasileiras, com equipes se unindo em grupos para aumentar as chances de ganhar o prêmio milionário, que pode chegar a R$ 600 milhões. No entanto, a adesão a essas apostas vai além do desejo de enriquecimento. Para especialistas, a participação no bolão é uma forma de fortalecer vínculos sociais dentro do ambiente corporativo, criar laços entre colegas de diferentes departamentos e até melhorar a produtividade da equipe. A interação social gerada pelos bolões pode ajudar a estreitar relacionamentos que, por sua vez, influenciam positivamente o trabalho em grupo.
Embora a maioria dos bolões seja organizada de maneira informal pelos próprios funcionários, esses eventos também têm um impacto na dinâmica das empresas. A participação voluntária, segundo especialistas, é um exercício de confiança, já que envolve a colaboração financeira e o comprometimento com a sorteio. Para muitos, o bolão representa uma oportunidade de se integrar ao grupo e manter a coesão, especialmente em empresas onde a interação entre diferentes áreas é limitada. No entanto, para quem opta por não participar, pode haver o receio de ser excluído ou de ser visto como alguém que não deseja fortalecer os laços com a equipe.
Apesar de não ser uma prática oficial das empresas, os bolões são vistos com bons olhos por muitos executivos, que os consideram uma forma informal de “team building”. Para esses profissionais, o bolão pode servir para engajar os colaboradores e promover uma interação mais descontraída, longe das tensões do ambiente de trabalho. No entanto, não participar do bolão não acarreta prejuízos diretos para a carreira do funcionário, já que não há uma gestão formal sobre essas iniciativas. Assim, os bolões da Mega da Virada se mostram como uma dinâmica social com benefícios indiretos, sem maiores consequências para quem decide ficar de fora.