O novo Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz em 5 de dezembro, aponta uma tendência de queda ou estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todas as faixas etárias, na maioria dos estados brasileiros. Até o momento, o país registrou 164.330 casos da síndrome, com destaque para os estados de Roraima e São Paulo, onde há sinais de crescimento, especialmente entre crianças e adolescentes. Em Roraima, o aumento ocorre em crianças de até 2 anos e entre 5 a 14 anos, enquanto em São Paulo a elevação é mais concentrada em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos.
A Fiocruz ainda não conseguiu identificar com clareza os vírus responsáveis pelo aumento nos casos desses estados, mas especialistas sugerem que agentes como o rinovírus, vírus sincicial respiratório (VSR), adenovírus e metapneumovírus podem estar contribuindo para essa tendência. A pesquisadora Tatiana Portella recomendou medidas de prevenção, como o uso de máscaras em locais fechados e a suspensão de aulas quando crianças apresentarem sintomas de síndrome gripal, para evitar a transmissão dos vírus. Ela também reforçou a importância da vacinação para a população elegível.
Embora a maioria dos casos de SRAG afete crianças e adolescentes, a Covid-19 permanece como o principal responsável pelas hospitalizações entre os idosos. O boletim também revelou que, em termos de agentes virais, 34,5% dos casos de SRAG este ano foram causados pelo VSR, 26,7% pelo rinovírus e 19,4% pela Covid-19. Até agora, o país registrou cerca de 10.080 mortes relacionadas à síndrome. Apesar de alguns picos locais, a tendência geral mostra um cenário de queda ou estabilidade nos óbitos e internações, o que reflete um controle mais eficiente das infecções respiratórias graves.