O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou que não tem confiança de que Mohammad al-Jolani, líder do grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), cumprirá sua promessa de proteger as minorias na Síria. Durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Blinken explicou que, embora o HTS tenha feito declarações positivas, será necessário avaliar suas ações em relação à proteção de grupos vulneráveis, como cristãos e mulheres muçulmanas, nos próximos meses. Ele afirmou que a postura dos Estados Unidos será baseada em resultados práticos, não em palavras.
Em resposta a outra pergunta do deputado Keith Self, Blinken também comentou sobre o risco de a Síria se transformar em um enclave terrorista, afirmando que os Estados Unidos devem tomar medidas para evitar tal cenário nas próximas semanas. Blinken deixou a audiência para iniciar uma viagem à Jordânia e à Turquia, com o objetivo de discutir o futuro da Síria após a queda de Bashar al-Assad, e como as potências internacionais podem contribuir para a estabilidade na região.
O contexto da guerra civil síria é complexo, com múltiplos atores internos e externos envolvidos, e com a recente queda do regime de Assad, que deixou o país em uma situação ainda mais instável. A guerra, que começou em 2011, causou centenas de milhares de mortes e deslocou milhões de civis. Com a derrubada do regime, os Estados Unidos e seus aliados continuam a monitorar as ações dos grupos rebeldes e outras forças na região, buscando garantir a segurança das populações locais e prevenir a expansão de grupos extremistas.