A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, revelou suas previsões de investimentos para 2025, destacando uma visão otimista sobre os Estados Unidos, com foco no setor de inteligência artificial (IA) e nas perspectivas de crescimento econômico. A empresa está “overweight” em ações norte-americanas devido ao potencial de valorização impulsionado pela inovação tecnológica e a resiliência da economia, além de melhorias nos lucros corporativos. A gestora também observa que os EUA têm vantagem sobre outros mercados desenvolvidos, graças à sua capacidade de capitalizar tendências emergentes, como a IA.
Além dos Estados Unidos, a BlackRock vê boas oportunidades no Japão, impulsionadas por reformas empresariais e uma economia que está voltando a registrar inflação. As ações japonesas são consideradas atraentes devido ao retorno do capital das empresas aos acionistas e à perspectiva de lucros crescentes. Em termos de renda fixa, a gestora se mostra cautelosa com a dívida pública dos EUA, especialmente no caso dos títulos de longo prazo, dada a fragilidade fiscal e as tensões geopolíticas. No entanto, há um foco maior em crédito corporativo europeu, considerado mais atrativo, com valuations mais baratos que nos EUA.
A BlackRock também defende a diversificação de portfólios com ativos como ouro e criptomoedas. O bitcoin é visto como uma aposta de valorização no longo prazo, especialmente após sua recente alta e o crescente interesse de investidores. O ouro, por sua vez, é recomendado como proteção contra a inflação e as incertezas econômicas. A gestora afirma que o tradicional portfólio 60/40 já não é tão eficiente, o que abre espaço para novas estratégias de diversificação, com maior ênfase em ativos alternativos e investimentos em mercados privados.