Na última sexta-feira, 6 de outubro, o bitcoin ultrapassou a marca de US$ 100.000, impulsionado por expectativas crescentes em relação a mudanças na regulamentação de criptomoedas nos Estados Unidos. A nomeação de figuras-chave para o governo de Donald Trump, como David O. Sacks, especialista em venture capital e agora responsável pela inteligência artificial e criptomoedas na Casa Branca, gerou otimismo no mercado. Sacks foi designado para promover a clareza regulatória e melhorar a competitividade do país no setor de criptoativos, além de defender a liberdade de expressão online, afastando-se das políticas das grandes empresas de tecnologia.
O aumento no preço do bitcoin também reflete a recuperação dos fundamentos econômicos, com destaque para a crescente demanda por fundos de índice (ETFs) relacionados ao criptoativo e a expectativa de uma regulamentação mais amigável por parte do governo dos EUA. Segundo o banco Julius Baer, as perspectivas para o bitcoin são positivas até 2025, com baixos riscos de adversidade, exceto por possíveis erros políticos relacionados ao Federal Reserve (Fed), que pode afetar o mercado.
Por outro lado, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, avaliou que, apesar do crescimento de ativos baseados em criptomoedas, ainda é cedo para um impacto macroeconômico significativo, já que muitos desses ativos permanecem especulativos e carecem de uma aplicação prática mais ampla na economia real. Goolsbee ressaltou que o potencial efeito de riqueza gerado pelos criptoativos é algo a ser observado, mas sem grandes implicações no momento para a economia em geral.