O preço do bitcoin retomou sua trajetória de alta na sexta-feira, 6, ultrapassando a marca de US$ 100.000, impulsionado por expectativas de um cenário regulatório mais favorável nos Estados Unidos. Às 16h50 (horário de Brasília), a criptomoeda registrava alta de 2,18%, sendo cotada a US$ 101.693,67, enquanto o ethereum subia 5,86%, a US$ 4.065,51. Esse movimento positivo ocorre em meio às nomeações feitas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para cargos-chave em seu governo, incluindo o investidor David O. Sacks, nomeado para coordenar a inteligência artificial e o setor de criptomoedas na Casa Branca.
Trump afirmou que Sacks terá como missão aumentar a clareza regulatória sobre criptoativos, o que, segundo analistas, pode gerar um ambiente mais competitivo para os EUA nesse setor. Além disso, a administração Trump promete proteger a liberdade de expressão online e combater a censura das grandes empresas de tecnologia. O mercado de criptomoedas está reagindo positivamente a essas perspectivas, que também incluem um possível avanço nas regulamentações de fundos negociados em bolsa (ETFs) e outros instrumentos financeiros relacionados às criptomoedas.
De acordo com a análise do banco Julius Baer, o bitcoin se encontra em uma trajetória sólida, apoiada por fundamentos robustos e um cenário regulatório mais favorável nos EUA. O aumento da procura por produtos financeiros relacionados às criptos e as intenções de investimento corporativo são vistos como motores para essa recuperação. No entanto, apesar do otimismo, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que, até o momento, as criptomoedas não tiveram um impacto significativo na economia global, destacando sua natureza especulativa e sua ausência de casos de uso amplos na economia real.