O Bitcoin voltou a recuar nesta quinta-feira (12), sendo negociado abaixo dos US$ 100 mil, após um período de intensas flutuações no mercado. A criptomoeda atingiu este valor inédito recentemente, mas agora enfrenta uma correção, com investidores monitorando os sinais da futura administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora a alta cotação do Bitcoin seja vista como um fator de tensão no mercado, também há expectativa de que mudanças regulatórias nos EUA possam impulsionar o setor de criptomoedas, atraindo mais capital institucional.
De acordo com especialistas, o Bitcoin continua a ser um ativo de grande volatilidade, com movimentos bruscos de correção, especialmente em níveis de preços elevados como os US$ 100 mil. Guto Antunes, do Itaú, destaca que este patamar de preço é um ponto de tensão, pois provoca maior liquidez, mas também pode gerar correções significativas. Por outro lado, o potencial de uma regulamentação favorável nos EUA, especialmente com a possível nomeação de Brian Quintenz para liderar a CFTC, mantém o otimismo no mercado cripto, já que isso poderia acelerar a entrada de investidores institucionais.
Enquanto isso, empresas como a Microstrategy, que tem acumulado grandes quantidades de Bitcoin, continuam a ser monitoradas pelo mercado. A companhia tem financiado suas aquisições de criptomoedas por meio de dívidas e emissão de obrigações convertíveis, o que tem gerado uma dinâmica de alta volatilidade. A emissão de novos títulos pode aumentar a diluição das ações da empresa, mas, ao mesmo tempo, fortalece a demanda por Bitcoin, alimentando um ciclo de alta nos preços. O processo, no entanto, é considerado arriscado, já que a dependência crescente de dívida para aquisição de ativos pode criar vulnerabilidades para a empresa e para o próprio mercado de criptomoedas.