O Bitcoin (BTC) sofreu uma queda de mais de 10% desde o pico histórico alcançado no início da semana, caindo para US$ 95.234 na manhã de sexta-feira (20). A desaceleração ocorre em um contexto de enfraquecimento das expectativas de um afrouxamento monetário nos Estados Unidos, o que afetou o apetite especulativo por ativos de risco. A correção de preço impactou também outras criptomoedas, como Ethereum (ETH) e Dogecoin (DOGE), que apresentaram quedas acentuadas.
Na quinta-feira, um grupo de ETFs dedicados ao investimento em Bitcoin nos EUA registrou uma saída líquida recorde de US$ 680 milhões, segundo dados da Bloomberg. Esse movimento encerrou uma sequência de 15 dias consecutivos de entradas. A análise de especialistas aponta que, embora correções como essa sejam típicas em mercados de alta, a principal razão para a queda recente foi o posicionamento excessivamente otimista dos investidores, em combinação com uma postura mais hawkish do Federal Reserve, que sinalizou menos flexibilização monetária no futuro.
Apesar da queda, o Bitcoin ainda acumula um ganho de quase 50% desde a eleição de Donald Trump em novembro de 2023. Alguns analistas consideram o movimento atual como uma realização de lucros comum no fim do ano, sem um gatilho fundamental para a liquidação. A cautela é recomendada para o curto prazo, embora especialistas não acreditem que o mercado enfrentará um colapso imediato, observando uma perda de momentum e um controle cada vez mais reduzido por parte dos compradores.