O Bitcoin registrou uma leve queda nesta terça-feira, mantendo-se abaixo dos US$ 100 mil, valor que se tornou uma barreira simbólica para a criptomoeda. Por volta das 16h33 (horário de Brasília), o Bitcoin recuava 0,46%, negociado a US$ 95.221,14, enquanto o Ethereum registrava queda de 1,03%, a US$ 3.582,92. Esse movimento de desaceleração ocorre em meio a um cenário global de cautela, com os mercados de ações de Nova York próximos da estabilidade. A falta de impulso para testar novos recordes reflete uma menor euforia, após o pico de US$ 99.830 alcançado em 22 de novembro, um feito impulsionado pela eleição recente nos Estados Unidos.
Especialistas apontam que o mercado de criptomoedas poderia se beneficiar do impacto das políticas comerciais de Donald Trump, caso essas resultem em maior adoção de alternativas ao dólar, como moedas digitais respaldadas por ouro. O estrategista John Hardy, do Saxo Bank, sugeriu que a criação de novas moedas digitais lastreadas em ouro poderia expandir o mercado criptográfico, que, segundo ele, tem o potencial de quadruplicar e alcançar mais de US$ 10 trilhões nos próximos anos. De acordo com a análise, a China e outras nações do BRICS poderiam adotar essas soluções financeiras digitais para contornar tarifas comerciais e a dependência do dólar.
No Brasil, o mercado de criptomoedas também segue se expandindo. O Itaú Unibanco anunciou que seus clientes poderão negociar diretamente Bitcoin e Ethereum através do aplicativo bancário, com uma aplicação mínima de R$ 10 e uma taxa de 2,5% na compra. A novidade visa facilitar o acesso dos investidores brasileiros ao mercado de moedas digitais, que segue em crescimento, impulsionado pela crescente demanda por ativos alternativos e pelo maior interesse das instituições financeiras em integrar esses novos instrumentos financeiros.