O Banco da Inglaterra decidiu manter sua taxa de juros em 4,75%, mas a reunião de seu Comitê de Política Monetária revelou uma crescente divisão entre os membros. Três dos nove integrantes votaram a favor de um corte de 0,25 ponto percentual, o que indica um desacordo sobre a necessidade de flexibilizar a política monetária diante da desaceleração econômica. O presidente do banco, Andrew Bailey, defendeu uma abordagem gradual para reduzir os juros, enfatizando que, devido à incerteza econômica, não é possível definir com precisão o momento ou a magnitude das futuras reduções.
A previsão de crescimento da economia britânica foi ajustada para zero no último trimestre de 2023, o que reflete a contração da produção nos meses de setembro e outubro. A inflação, por sua vez, permanece elevada, com uma taxa de 2,6% em novembro, o que coloca o Reino Unido como o país com a maior inflação entre as economias do G7. A expectativa é que a inflação continue a subir no curto prazo, apesar de a inflação de preços estar acima das previsões anteriores do próprio Banco da Inglaterra.
Em meio a um cenário de incertezas econômicas, a abordagem gradual do Banco da Inglaterra visa evitar o risco de uma contração excessiva da economia. Alguns membros do Comitê alertam que uma política monetária excessivamente restritiva poderia prejudicar o crescimento e levar a uma inflação muito abaixo da meta de 2%. No entanto, a divisão interna sobre os cortes de juros reflete a complexidade da situação econômica e a cautela do banco central diante dos desafios futuros.