O Banco Central do Brasil promoveu recentemente um leilão de dólares à vista, no qual foram vendidos US$ 845 milhões. A medida foi tomada após o dólar atingir R$ 6,077, e, com a intervenção, a cotação da moeda recuou para R$ 6,034. Este foi o segundo leilão realizado em dois dias, após o BC vender US$ 4 bilhões com compromisso de recompra no leilão anterior. A alta do dólar tem sido uma tendência desde o anúncio do pacote fiscal do governo em novembro, refletindo um cenário de instabilidade cambial.
Além das intervenções no mercado de câmbio, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic, elevando-a de 11,25% para 12,25%. A decisão reflete as tentativas do Banco Central de controlar a inflação e a volatilidade do mercado financeiro. O Copom também indicou que novas elevações na taxa de juros estão previstas, com uma projeção de que a Selic possa atingir 14,25% ao ano, o que deve impactar o custo do crédito e a atividade econômica.
Essas ações fazem parte de um esforço contínuo para estabilizar a economia brasileira em meio a desafios fiscais e ao aumento das pressões inflacionárias. O aumento da taxa de juros e os leilões de dólares demonstram a postura do Banco Central em buscar o equilíbrio cambial e a manutenção da estabilidade econômica, mesmo em um cenário global de incertezas.